Para o canadense Paul Bloom, temos um senso moral inato, moldado pela evolução para nossa sobrevivência. Nesta entrevista, o professor de ciências cognitivas da Universidade Yale, nos Estados Unidos, conta como seus experimentos com bebês de até um ano revelam aspectos de uma ética universal e mostram que, desde que nascemos, sabemos diferenciar o bem e o mal
Para o psicólogo Paul Bloom aperfeiçoamos nosso senso moral por meio da razão e do raciocínio(Reprodução/Twitter)
O canadense Paul Bloom reuniu em seu último livro dois temas com apelo popular: bebês e moralidade. Referência mundial em estudos sobre desenvolvimento cognitivo, seu propósito é mostrar, em O que nos faz bons ou maus (Editora Best Seller, 304 páginas), que parte de nosso senso moral é inato. Seus experimentos com bebês, feitos no Centro de Cognição Infantil de Yale em conjunto com sua colega e mulher, Karen Wynn, dão pistas de como a moralidade seria mais uma característica moldada pela evolução para nossa sobrevivência e indicam quais aspectos do nosso sistema ético seriam universais e biológicos.