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Esse mês me dedico aos Transtornos Globais do Desenvolvimento. Em postagens anteriores eu falei um pouco sobre o autismo, um tipo de TGD, além da Sindrome de Rett.
Agora é a vez do Transtorno Desintegrativo da infância, ou Síndrome de Heller.
Como Acontece?
Durante os primeiros 2 anos de vida a criança apresenta desenvolvimento normal das habilidades, porém, entre os 2 e 10 anos o transtorno mostra-se um verdadeiro vilão. Segundo especialistas durante esse período há o que se chama de “perda clínica” das habilidades adquiridas.
O que mais dificulta o diagnóstico dessa síndrome é o fato de que nos primeiros anos há a manifestação normal de comunicação verbal e não verbal além de socialização e brincadeiras típicas de crianças nessa idade.
Após esse período a criança começa a apresentar dificuldade na adaptação social; a linguagem expressiva começa a ficar comprometida; Há uma perda das habilidades motoras, além da dificuldade no controle de esfíncteres. Para os profissionais em saúde mental a perda em pelo menos duas dessas áreas já é um dos indícios destacados nos critérios para diagnóstico de Síndrome de Heller. Além desses, outros critérios de diagnóstico são mencionados no DSM IV* como: comprometimento da interação social; dificuldade na comunicação ou em manter relacionamento social; atraso na linguagem falada. O funcionamento anormal em pelo menos duas dessas áreas podem denunciar a presença do Transtorno Desintegrativo da Infância.
Essa Síndrome ainda não tem cura, porém é importante que haja o diagnóstico precoce com objetivo de diminuir os efeitos da perda das habilidades adquiridas. Uma das possibilidades de tratamento é promover uma melhor interação social entre as crianças pois é uma das dificuldades que causam mais prejuízos para sua qualidade de vida.
*Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais